saúde bucal

O que muitas pessoas não sabem é que a quimioterapia pode acabar afetando a saúde bucal. Sendo um dos efeitos colaterais do tratamento de câncer, é também o que pode fazer com que ele seja atrasado ou até mesmo interrompido.

Qual a relação entre saúde bucal e quimioterapia?

Uma boca saudável reflete na saúde de todo o organismo e exerce um papel fundamental na fala e principalmente na mastigação e respiração. 

Sendo assim, é a porta de entrada para bactérias e outros microrganismos que também podem ser prejudiciais à saúde.

Como a quimioterapia pode acabar afetando a sua saúde bucal?

Segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia – ABRALE, a quimioterapia é um dos principais tratamentos utilizados para combater o câncer. 

Lá são utilizados vários medicamentos extremamente potentes e, que ao se misturarem com o sangue, são levados para todas as partes do corpo com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes.

Em outras palavras, os medicamentos matam as células cancerígenas, mas podem danificar as normais, isso inclui até mesmo as que fazem parte da boca. 

Os efeitos colaterais causam problemas nos dentes e gengiva, mucosa bucal (o tecido mole de boca), e as glândulas salivares.

Muitos pacientes de quimioterapia acabam recorrendo ao dentista como forma de tentar  melhorar a autoestima através da colocação de lente de contato dental, que nada mais é do que finas aplicações de próteses para cobrir e dar aos dentes uma aparência mais bonita e harmônica.

Por que é importante se consultar com um profissional dentista oncológico?

Antes de iniciar o tratamento oncológico, é essencial que o paciente esteja com a saúde bucal em dia pois em algumas situações, como  por exemplo, onde se faz necessária a extração de algum dente. 

Ocorre até mesmo devido à faceta em resina, em que o oncologista pode não autorizar que o procedimento seja realizado devido a riscos de infecção e possíveis sangramentos excessivos e até mesmo a capacidade de cicatrização que pode ser lenta. 

Por isso, é preciso passar por uma avaliação anterior ao procedimento e, após sua realização com um dentista especializado em oncologia, por ter uma série de cuidados que devem ser tomados. 

Isso inclui até mesmo na colocação de facetas de resina que possuem uma espessura maior, diferentemente das lentes que são mais finas. 

Todavia, o paciente precisa estar atento, pois infecções e possíveis sangramentos em excesso não são as únicas complicações enfrentadas pelos paciente oncológico e dentre eles, estão:

  • Mucosite Oral; 
  • Xerostomia;
  • Cárie de radiação;
  • Infecções;
  • Sangramento bucal;
  • Perda do paladar;
  • Perda Óssea.

Desse modo, entenda mais sobre cada uma dessas enfermidades de uma maneira detalhada. 

  1. Mucosite Oral

Onde ocorre o surgimento de feridas na boca que acabam causando dor e desconforto, além de aumentar as chances de contrair bactérias.

  1. Xerostomia

Causa secura excessiva da boca, e é bem comum durante o tratamento de quimioterapia por ocasionar alterações nas glândulas salivares.

  1. Cárie de radiação

Sendo uma consequência da xerostomia a cárie de radiação ocorre devido à baixa produção de saliva.

  1. Infecções

Essa é causada devido a baixa imunidade que ocorre durante o tratamento. 

  1. Sangramento bucal 

Ocorre quando o paciente apresenta um  baixo número de plaquetas e pode ocorrer sangramento bucal de forma espontânea. 

  1. Perda do paladar

O tratamento causa alterações importantes no organismo, principalmente nas papilas gustativas, fazendo com que o paciente possa não sentir os sabores de alguns alimentos.

  1. Perda óssea 

Embora a perda dos dentes não seja comum em pacientes em tratamento do câncer, pode acontecer em casos de má higiene bucal.

O tratamento contra o câncer pode prejudicar a saúde por inteira, e, infelizmente, nossa boca, dentes e outros elementos da cavidade oral não estão imunes.

Quem faz quimioterapia tem restrições a algum procedimento odontológico?

Não, mas como dito anteriormente, o oncologista pode “barrar” alguns procedimentos devido à própria condição do paciente. 

Alguns métodos, como clareamento dental a laser podem não ser indicados devido às cáries causadas pela radiação e até mesmo em casos de infecção.

O clareamento dental nada mais é do que uma micro limpeza da estrutura do dente, por causa de pigmentos externos, o dente fica com uma cor mais amarelada. 

Até mesmo nesses casos, não é indicado devido não só ao valor clareamento dental mas também porque no geral, pacientes oncológicos demandam de mais atenção. 

Dessa forma,  como a quimioterapia e a saúde bucal estão relacionadas, devem ser supervisionados pelo paciente e também pelo odontologista e oncologista.

Para isso, o cirurgião-dentista deve entender as características dos tratamentos oncológicos e quais as principais doenças bucais que surgem como consequência dos diferentes tipos de terapia. 

Além de compreender como atuar em cada fase do atendimento de forma humanizada e alinhada às necessidades do paciente.

Nesses casos, é preciso ter uma atenção minuciosa com a saúde bucal, para além do consultório odontológico.

Conteúdo originalmente desenvolvido pela equipe do blog Qualivida Online, site no qual é possível encontrar diversas informações e conteúdos sobre os cuidados com a saúde física e mental.

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