Desafiam a sociedade, lutam por seus direitos e competem no motocross — elas arrasam.
Quando se fala em motos, a primeira coisa que vem à mente é algo tipicamente masculino. No entanto, não são apenas os homens que estão no motociclismo, as mulheres também fizeram história, inclusive em uma equipe de mãe e filha.
No Brasil, a participação feminina cresceu bastante nos últimos onze anos, mas elas já estão no motocross desde a década de 80. Agora, que tal conhecer quem são essas mulheres?
Beryl Swain
Foi a primeira mulher a participar do Tourist Trophy, uma corrida na qual enfrentou um percurso montanhoso. O evento era considerado perigoso, a ponto de custar vidas e ferimentos a muitos competidores.
Em 1962, primeira e única vez em que participou, Beryl ficou em 22° lugar, tendo largado em 25°. Infelizmente, não pôde competir novamente no campeonato, porque o esporte foi considerado, pelo órgão regulador, como perigoso para mulheres.
Avis e Effie Hotchkiss
Mãe e filha não participavam de competições de motocross, porém, em 1915, aproveitaram as vantagens da Harley-Davidson com sidecar e viajaram de Nova Iorque até São Francisco.
O mais interessante da aventura é que Avis e Effie não tomaram um caminho direto, optaram por vias alternativas. Com isso, a viagem de moto foi de quase 10 mil quilômetros.
Moara Sacilotti
A brasileira foi uma das primeiras a entrar no motocross do país e começou bem jovem, acompanhando, desde os 7 anos, o pai e o irmão. Aos 18 anos, correu o Rally dos Sertões de moto.
Tem três títulos do Brasileiro de Rally e foi vice-campeã no Mundial de Rally em 2013. Todos os títulos foram conquistados em competições com homens.
Maiara Basso
Ela começa com a afirmação de que “lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive em cima de uma moto e, muitas vezes, ganhando dos homens”. Maiara participa do velocross, do motocross e do enduro.
Tem 8 títulos como campeã brasileira no motociclismo e foi vice-campeã do Latino Americano de Motocross. Ela ainda complementa: “gosto de me desafiar. Hoje, temos várias modalidades, é só descobrir qual é a que mais te diverte e acelerar”.
Katja Poensgen
Com apenas 17 anos, em 1993, iniciou a carreira no campeonato ADAC Junior Cup. Nesse mesmo ano, foi a primeira mulher a vencer o campeonato júnior e uma das que tiveram a carreira mais longa no motociclismo.
Em 2001, concorreu ao Mundial de GPs, sendo a única mulher participante do evento.
Adeline e Augusta van Buren
As duas irmãs, na época com aproximadamente 20 anos, compraram duas Indian Power Plus. Elas queriam provar que as mulheres poderiam ser usadas, em caso de guerra, como uma força de trabalho, então decidiram atravessar os Estados Unidos de moto.
Para a sociedade da época, foi um choque ver duas mulheres montadas em uma moto, provando que podiam dirigir tão bem quanto os homens. O objetivo delas ia além da diversão, pois defendiam um ponto de vista político e o direito das mulheres de participarem de atividades tidas como masculinas.
Bárbara Neves
A brasileira foi a primeira a integrar o time oficial do Honda Racing de Enduro FIM. Ela participa de várias categorias de motocross e conta que: “quando comecei a andar de moto, não existia categoria feminina, aí corria com os homens”.
Ela continua comentando que, antes de existir a categoria feminina, “lembro que tinham outras meninas que corriam de moto, mas elas não competiam, porque não queriam correr com os homens”.
Ana Carrasco
A espanhola estreou no motocross no Team Calvo Moto3. Em 2001, foi a primeira mulher a marcar pontos no Campeonato Espanhol de Velocidade (CEV). Ela repetiu o feito no Moto3 e é vista como uma competidora com grande potencial.
Essas são algumas mulheres conhecidas no motociclismo. Você já tinha ouvido falar de alguma delas? Agora conhece suas histórias e, como disse Maiara, sabe que elas conseguem tudo, inclusive pilotar uma moto e participar de grandes competições.
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